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Japão visto do Espaço

Março 17, 2011

sattotal

Estas fotografias tiradas pelos satélites alemães TerraSAR-X e RadipEye demonstram a amplitude do tsunami que vitimou a costa Leste do Japão a semana passada: à esquerda, uma fotografia dessa costa tirada no dia 5 de Setembro de 2010; à direita, a mesma região fotografada no passado dia 12 de Março.

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Março 17, 2011

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Estas fotografias tiradas pelos satélites alemães TerraSAR-X e RadipEye demonstram a amplitude do tsunami que vitimou a costa Leste do Japão a semana passada: à esquerda, uma fotografia dessa costa tirada no dia 5 de Setembro de 2010; à direita, a mesma região fotografada no passado dia 12 de Março.

Saiba como tirar o máximo do IE9

Março 17, 2011

sattotal


O navegador mais usado do mundo ganhou um verdadeiro banho de loja. Ficou mais limpo; sem tantas barras e botões, para favorecer a visualização dos sites. Também oferece uma série de funcionalidades novas para tornar a navegação mais agradável, eficaz e segura.

Neste especial você vai conhecer algumas dicas para conseguir tirar o máximo de proveito do IE9.

1 – Use os atalhos do teclado

Usuários de versões anteriores do Explorer vão se impressionar com a “limpeza geral” que a Microsoft fez no seu navegador. As barras de ferramentas e botões deram lugar a mais espaço para uma melhor visualização das páginas, mas as funções continuam lá!

Com simples comandos no teclado é possível resgatar essas funções e mais algumas novas que são bastante interessantes.

Confira:

Alt+C – abre a lista de sites favoritos
Alt+X – abre a janela com as configurações
Alt+Esquerda ou Alt+Direita—avança ou retrocede no histórico de páginas visitadas
Ctrl+L – posiciona o cursor na OneBar (novo nome da barra de endereços)
Ctrl+Shift+L – Um dos atalhos mais bacanas: Se você copiar o endereço de um site (Ctrl+C), e usar o comando no IE9, ele vai abrir o site copiado. Se você tiver um texto ou expressão copiado e usar o comando ele vai abrir o site de busca com aquela expressão
Ctrl+D – adiciona o site aos favoritos
Ctrl+B – página para organizar os favoritos
Ctrl+J – Abre o Gerenciador de Downloads
Ctrl+K – Duplica a aba atual
Ctrl+Alt+P – Abre a janela para Navegação Privada

2 – Chegue mais rápido aos seus sites favoritos

Da mesma maneira que diferentes pessoas preferem jeitos diferentes de chegar aos seus programas preferidos – alguns usam o botão do Windows, enquanto outros preferem usar a barra de tarefas -, o Explorer permite que você acesse seus sites favoritos de jeitos diferentes.

Fixando seu site preferido na Barra de Tarefas

Ferramentas para que ele esteja disponível sem nem precisar digitar o endereço ou buscar na lista de favoritos?

Basta abrir o site no IE9, e arrastar o ícone na barra de endereços (agora chamada OneBox) para a Barra de Ferramentas. A partir daí, ele passa a se comportar como um programa. Iniciando seu computador, basta clicar no botão para acessar a página.

Seu site favorito em uma nova aba

A nova versão do Internet Explorer guarda informações sobre os sites que você mais visita. Sempre que você abrir uma nova aba, uma lista desses sites vai estar disponível, inclusive com uma barra indicadora mostrando quais os sites que você mais acessa.

3 – Navegue em modo privado de um jeito simples

O IE9 permite que você navegue pela internet em modo privado, ou seja, sem deixar rastros no computador que você está usando. Isso é muito útil quando você está usando computadores públicos, por exemplo. Para navegação privada basta usar o atalho Ctrl+Shift+P.

Se você usa sites na Barra de Ferramentas, é só clicar com o botão direito para acessar a opção de navegação privativa.

4 – Bloqueie sites que rastreiam sua navegação

Segurança nunca é demais, não é mesmo? E apesar de a maioria das ferramentas de segurança do IE9 já existirem no IE8, considerado por muitos o browser mais seguro do mercado até o lançamento do IE9, algumas novidades foram implementadas. Uma delas é o Bloqueio de Rastreamento.

Segundo a Microsoft: “Uma parte do conteúdo, das imagens, dos anúncios e das análises que você vê nos sites que visita é fornecida por sites externos ou de terceiros. Embora esse conteúdo possa ser útil tanto para você quanto para seus sites favoritos, esses sites de terceiros podem rastrear seu comportamento enquanto navega por vários sites. A Proteção contra Rastreamento fornece a você um nível extra de controle e opções em relação às informações que os sites de terceiros podem usar para rastrear sua atividade de navegação”.

Para usar a função, basta adicionar os sites desejados na ferramenta, dentro do menu Segurança (Alt+X).

5 – Gerencie seus Complementos

Complemento (Add-Ons) são programas úteis que podem ser embutidos no navegador. Vão de ferramentas como mapas a programas de música ou de postagem em blogs – uma lista completa de complementos para o IE9 pode ser encontrada neste site.

Tudo muito útil, mas em determinado momento eles podem começar a carregar demais seu browser, deixando a navegação mais lenta. Nessa hora é uma boa ideia desabilitar os complementos que você não usa tanto.

O IE9 detecta automaticamente os complementos que estão comprometendo o desempenho– e permite que você os desabilite. Mas é possível fazer isso manualmente à partir do gerenciador de complementos, no menu principal (Alt+X).

Navegação mais rápida



Desde os primeiros testes com o acelerador gráfico do então futuro browser, a estratégia da Microsoft ficou clara: a empresa queria ter o navegador mais rápido e capaz de processar da melhor maneira possível os recursos do HTML 5 (que permite gráficos – inclusive 3D - , som, imagem e vídeo integrados e com alta qualidade). Um site com testes simples foi criado para demonstrar os avanços conseguidos à medida que o browser era desenvolvido.



Um dos testes mede capacidade do navegador de exibir gráficos ao mesmo tempo em que exibe texto e som. Comparado com a versão mais recente do Firefox, a última versão beta do IE9 conseguiu exibir o conteúdo cerca de três vezes mais rápido. O segredo está no uso da placas aceleradoras – que antes não eram usadas por navegadores.


Essa novidade permite que os desenvolvedores de sites possam criar sites mais rápidos, que se comportem como aplicações nativas – os programas que você usa normalmente.


Mais segurança e privacidade


O IE9 promete ser o navegador com o conjunto mais robusto de tecnologias de segurança e privacidade online. Para isso, as ferramentas de segurança do IE8 foram totalmente revistas e novas foram desenvolvidas.


Com o novo navegador, é possível, por exemplo, bloquear o rastreamento da navegação, permitindo que o usuário defina quais dados podem ser compartilhados conforme se navega na web.


Também foi adicionado um gerenciador de downloads que, além de permitir manter o controle sobre o tempo e a banda usados em cada arquivo baixado, é capaz de identificar se o arquivo é uma potencial ameaça, mesmo antes do início do download.


Testes mostraram que as ferramentas de bloqueio de malware, ou softwares maliciosos, do IE9 foram capazes de bloquear 99% dos ataques.


O Internet Explorer estará disponível para download no site http://www.internetexplorer9.com.br/ . Nas próximas semanas, o navegador estará disponível no Windows Update. O recurso do site fixo na barra de tarefas só está disponível no Windows 7.

Atenção! O IE9 não será compatível com o Windows XP.

Links desta Matéria

Microsoft Tips

Download Squad

IE9 em Português do Brasil

Saiba como tirar o máximo do IE9

Março 17, 2011

sattotal


O navegador mais usado do mundo ganhou um verdadeiro banho de loja. Ficou mais limpo; sem tantas barras e botões, para favorecer a visualização dos sites. Também oferece uma série de funcionalidades novas para tornar a navegação mais agradável, eficaz e segura.

Neste especial você vai conhecer algumas dicas para conseguir tirar o máximo de proveito do IE9.

1 – Use os atalhos do teclado

Usuários de versões anteriores do Explorer vão se impressionar com a “limpeza geral” que a Microsoft fez no seu navegador. As barras de ferramentas e botões deram lugar a mais espaço para uma melhor visualização das páginas, mas as funções continuam lá!

Com simples comandos no teclado é possível resgatar essas funções e mais algumas novas que são bastante interessantes.

Confira:

Alt+C – abre a lista de sites favoritos
Alt+X – abre a janela com as configurações
Alt+Esquerda ou Alt+Direita—avança ou retrocede no histórico de páginas visitadas
Ctrl+L – posiciona o cursor na OneBar (novo nome da barra de endereços)
Ctrl+Shift+L – Um dos atalhos mais bacanas: Se você copiar o endereço de um site (Ctrl+C), e usar o comando no IE9, ele vai abrir o site copiado. Se você tiver um texto ou expressão copiado e usar o comando ele vai abrir o site de busca com aquela expressão
Ctrl+D – adiciona o site aos favoritos
Ctrl+B – página para organizar os favoritos
Ctrl+J – Abre o Gerenciador de Downloads
Ctrl+K – Duplica a aba atual
Ctrl+Alt+P – Abre a janela para Navegação Privada

2 – Chegue mais rápido aos seus sites favoritos

Da mesma maneira que diferentes pessoas preferem jeitos diferentes de chegar aos seus programas preferidos – alguns usam o botão do Windows, enquanto outros preferem usar a barra de tarefas -, o Explorer permite que você acesse seus sites favoritos de jeitos diferentes.

Fixando seu site preferido na Barra de Tarefas

Ferramentas para que ele esteja disponível sem nem precisar digitar o endereço ou buscar na lista de favoritos?

Basta abrir o site no IE9, e arrastar o ícone na barra de endereços (agora chamada OneBox) para a Barra de Ferramentas. A partir daí, ele passa a se comportar como um programa. Iniciando seu computador, basta clicar no botão para acessar a página.

Seu site favorito em uma nova aba

A nova versão do Internet Explorer guarda informações sobre os sites que você mais visita. Sempre que você abrir uma nova aba, uma lista desses sites vai estar disponível, inclusive com uma barra indicadora mostrando quais os sites que você mais acessa.

3 – Navegue em modo privado de um jeito simples

O IE9 permite que você navegue pela internet em modo privado, ou seja, sem deixar rastros no computador que você está usando. Isso é muito útil quando você está usando computadores públicos, por exemplo. Para navegação privada basta usar o atalho Ctrl+Shift+P.

Se você usa sites na Barra de Ferramentas, é só clicar com o botão direito para acessar a opção de navegação privativa.

4 – Bloqueie sites que rastreiam sua navegação

Segurança nunca é demais, não é mesmo? E apesar de a maioria das ferramentas de segurança do IE9 já existirem no IE8, considerado por muitos o browser mais seguro do mercado até o lançamento do IE9, algumas novidades foram implementadas. Uma delas é o Bloqueio de Rastreamento.

Segundo a Microsoft: “Uma parte do conteúdo, das imagens, dos anúncios e das análises que você vê nos sites que visita é fornecida por sites externos ou de terceiros. Embora esse conteúdo possa ser útil tanto para você quanto para seus sites favoritos, esses sites de terceiros podem rastrear seu comportamento enquanto navega por vários sites. A Proteção contra Rastreamento fornece a você um nível extra de controle e opções em relação às informações que os sites de terceiros podem usar para rastrear sua atividade de navegação”.

Para usar a função, basta adicionar os sites desejados na ferramenta, dentro do menu Segurança (Alt+X).

5 – Gerencie seus Complementos

Complemento (Add-Ons) são programas úteis que podem ser embutidos no navegador. Vão de ferramentas como mapas a programas de música ou de postagem em blogs – uma lista completa de complementos para o IE9 pode ser encontrada neste site.

Tudo muito útil, mas em determinado momento eles podem começar a carregar demais seu browser, deixando a navegação mais lenta. Nessa hora é uma boa ideia desabilitar os complementos que você não usa tanto.

O IE9 detecta automaticamente os complementos que estão comprometendo o desempenho– e permite que você os desabilite. Mas é possível fazer isso manualmente à partir do gerenciador de complementos, no menu principal (Alt+X).

Navegação mais rápida



Desde os primeiros testes com o acelerador gráfico do então futuro browser, a estratégia da Microsoft ficou clara: a empresa queria ter o navegador mais rápido e capaz de processar da melhor maneira possível os recursos do HTML 5 (que permite gráficos – inclusive 3D - , som, imagem e vídeo integrados e com alta qualidade). Um site com testes simples foi criado para demonstrar os avanços conseguidos à medida que o browser era desenvolvido.



Um dos testes mede capacidade do navegador de exibir gráficos ao mesmo tempo em que exibe texto e som. Comparado com a versão mais recente do Firefox, a última versão beta do IE9 conseguiu exibir o conteúdo cerca de três vezes mais rápido. O segredo está no uso da placas aceleradoras – que antes não eram usadas por navegadores.


Essa novidade permite que os desenvolvedores de sites possam criar sites mais rápidos, que se comportem como aplicações nativas – os programas que você usa normalmente.


Mais segurança e privacidade


O IE9 promete ser o navegador com o conjunto mais robusto de tecnologias de segurança e privacidade online. Para isso, as ferramentas de segurança do IE8 foram totalmente revistas e novas foram desenvolvidas.


Com o novo navegador, é possível, por exemplo, bloquear o rastreamento da navegação, permitindo que o usuário defina quais dados podem ser compartilhados conforme se navega na web.


Também foi adicionado um gerenciador de downloads que, além de permitir manter o controle sobre o tempo e a banda usados em cada arquivo baixado, é capaz de identificar se o arquivo é uma potencial ameaça, mesmo antes do início do download.


Testes mostraram que as ferramentas de bloqueio de malware, ou softwares maliciosos, do IE9 foram capazes de bloquear 99% dos ataques.


O Internet Explorer estará disponível para download no site http://www.internetexplorer9.com.br/ . Nas próximas semanas, o navegador estará disponível no Windows Update. O recurso do site fixo na barra de tarefas só está disponível no Windows 7.

Atenção! O IE9 não será compatível com o Windows XP.

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Download Squad

IE9 em Português do Brasil

A ameaça nuclear no Japão pode afectar Portugal? Saiba todas as respostas

Março 17, 2011

sattotal

PERGUNTAS E RESPOSTAS

fonte: Direcção-Geral da Saúde

1. O acidente nuclear vai ter repercussões fora do Japão?

A extensão das repercussões irá depender da radioactividade libertada para o ambiente e das condições meteorológicas locais, sendo especialmente importantes a direcção e velocidade dos ventos e a possibilidade de ocorrência de chuva.

De acordo com a informação disponível até ao momento, é pouco provável que os países vizinhos sejam afectados de forma significativa. De acordo com a informação mais recente, a área afectada é a zona num raio de 30 quilómetros da Central Nuclear de Fukushima-Daiichi, tendo as autoridades japonesas recomendado a tomada de medidas específicas.

2. Existe risco para Portugal?

O acidente nuclear ocorrido no Japão não representa riscos para o país. Por outro lado, em Portugal não há produção de energia a partir de reactores nucleares.

3. Se precisar de me deslocar à área afectada, que devo fazer?

O Ministério dos Negócios Estrangeiros, através da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, emitiu, a 16 de março, o seguinte alerta:

"Dada a situação no Japão, aconselham-se todos os cidadãos nacionais que, não tendo razões essenciais para permanecer no país, a considerar a possibilidade de saírem temporariamente do Japão ou a deslocarem-se para o sul do país, nomeadamente famílias com crianças e grávidas. Desaconselham-se todas as viagens não essenciais àquele país." (http://www.secomunidades.pt/web/guest/listapaises/JA)

Se não lhe for possível seguir este conselho, siga as instruções das autoridades locais na rádio ou televisão. Fique dentro de casa se ocorrer a passagem de uma pluma radioactiva.

4. Estive recentemente no Japão. Que devo fazer?

Para quem esteve no Japão após o início do acidente nuclear, não há até ao momento indícios de qualquer risco acrescido para a saúde. Mesmo nas zonas afectadas, não foram registados níveis de radiação que apresentem risco para a saúde.

No entanto, se tiver algumas dúvidas, pode contactar a Linha Saúde 24: 808242424.

5. Qual o papel dos organismos internacionais e nacionais?

No âmbito das Nações Unidas, a Agência Internacional de Energia Atómica é o organismo que coordena a resposta internacional a emergências nucleares.

A Organização Mundial da Saúde é responsável pela avaliação do risco para a saúde, fornecendo assistência e intervenções de Saúde Pública durante uma emergência nuclear.

Em Portugal, a resposta a uma emergência nuclear ou radiológica é coordenada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil.

A Agência Portuguesa do Ambiente é a organização nacional que actua como ponto de contacto nacional para emergências radiológicas e nucleares ocorridas no estrangeiro, mantendo também em funcionamento uma rede de alerta (RADNET) com 13 estações de medição em território nacional.

A Direção-Geral da Saúde, além das suas competências como autoridade de saúde nacional, é também parte do sistema regulador nacional no âmbito da proteção radiológica.

6. O que é a radiação ionizante?

A radiação ionizante é aquela que transporta energia suficiente para provocar alterações ao nível dos tecidos biológicos (por ionização). Pode ser produzida por formas artificiais (geradores de raios-X) ou naturalmente com a desintegração do núcleo de determinados átomos radioactivos (que se desintegram, emitindo radiação), designados “radioisótopos”.

À medida que os átomos radioactivos se vão desintegrando, vão-se transformando sucessivamente noutros elementos químicos, até chegarem a um elemento estável. Desta forma, a quantidade de material radioactivo presente vai decrescendo ao longo do tempo. Ao tempo necessário para que a quantidade de um radioisótopo decresça para metade dá-se o nome de “semivida”. Esta semivida é característica de cada radioisótopo, podendo ir de algumas frações de segundo até milhões de anos.

A unidade de medida da dose recebida pelos indivíduos é o Sievert (Sv), que tem em conta o tipo de radiação e os efeitos produzidos em cada órgão do corpo.

Numa situação de emergência, e no que diz respeito à população, existem níveis de referência a partir dos quais se torna necessário tomar medidas específicas, de acordo com as orientações internacionais. A título de exemplo, se a população puder estar exposta a uma dose superior a 10 mSv (miliSievert), recomenda-se o abrigo. Se a dose for superior a 50 mSv, deverá haver evacuação da zona afetada.

7. Qual o grau de perigosidade do acidente para a saúde pública? A que radiação pode a população estar exposta num acidente deste tipo?

Os reatores nucleares deste tipo são construídos de raiz, com múltiplos sistemas de segurança intrínsecos. Um dos principais sistemas de segurança é a existência de um edifício de contenção que, sendo estanque, está desenhado para impedir fugas radioactivas significativas para o exterior.

No entanto, no caso deste sistema de contenção falhar, pode ocorrer a libertação de materiais radioactivos provenientes do núcleo do reator para o exterior, que incluem vários isótopos diferentes.

Os principais radioisótopos com risco para a saúde, em caso de acidente, são as variantes radioactivas do Césio (Cs-137) e do Iodo (I-131), que poderão ser expelidas para a atmosfera em nuvem (designada também por "pluma") radioactiva. Esta nuvem pode ser arrastada pelo vento e depositar-se no solo, podendo contaminá-lo.

A semivida do Iodo radioactivo (I-131) é de 8.3 dias, o que significa que, após esse período, a quantidade presente terá sido reduzida para metade, passando a valores residuais cerca de três meses após a libertação.

A semivida do Césio radioactivo (Cs-137) é de cerca de 30 anos, o que poderá justificar a adoção de medidas de limpeza e descontaminação das zonas afetadas, dependendo da quantidade libertada.

As vias de exposição da população a estes radioisótopos são três:

- Contacto directo com as partículas presentes na pluma radioactiva (ex: exposição externa da pele);

- Inalação de partículas radioactivas (ex: por respiração);

- Ingestão de partículas radioactivas (ex: a deposição no solo, que pode contaminar a cadeia alimentar).

No caso do acidente de Chernobyl, a dose recebida pela população evacuada (cerca de 115.000 indivíduos) foi da ordem de 30 mSv; saliente-se que um exame de tomografia axial computorizada (TAC) envolve, para o paciente, uma dose da ordem de 9 mSv.

8. Quais os efeitos a longo prazo da exposição à radiação?

A exposição a radiação ionizante tem efeitos específicos e, de uma forma geral, bem conhecidos, consoante a sua magnitude. A exposição a doses da ordem dos 1.000 mSv resulta em efeitos específicos na saúde, como a Síndrome de Radiação Aguda, danos na medula óssea (leucemia), danos no sistema nervoso central, queimaduras e cataratas. Estes efeitos são chamados "determinísticos" - sabe-se que irão ocorrer após exposição a determinada dose, aumentando a sua severidade quando esta aumentar.

Em relação à exposição a doses abaixo de 100 mSv, os estudos epidemiológicos demonstraram a ausência dos efeitos determinísticos referidos, mas revelaram um aumento do risco de cancro (risco é a probabilidade de ocorrência de um efeito). Este risco aumenta, de forma linear, quando a dose aumenta. No entanto, a sua severidade não aumenta com a dose recebida, aumentando apenas a probabilidade da sua ocorrência (efeito estocástico).

De acordo com dados recolhidos no passado numa emergência nuclear, foram registados aumentos de casos de leucemia alguns anos após a exposição. O risco de cancros sólidos apenas aumentou cerca de 10 anos após a exposição. A acumulação de Iodo radioactivo na tiróide fez aumentar o número de casos de cancro na tiróide na população, especialmente em crianças.

O impacto psicológico de uma emergência nuclear foi outro factor a ter em conta, sendo especialmente marcante no caso de Chernobyl.

9. Quais as medidas de saúde pública que devem ser tomadas para reduzir a exposição da população?

As medidas mais eficazes na redução da exposição externa à pluma radioactiva são:

- Evacuação da área directamente afectada;

- Recomendação à população das áreas mais afastadas para que fique dentro de casa durante a passagem da pluma.

No que diz respeito à exposição interna (por ingestão e inalação), as principais medidas a tomar envolvem:

- Proibição do consumo de vegetais, leite e derivados produzidos em zonas onde tenha ocorrido deposição. Estes devem ser substituídos por produtos importados de locais não contaminados.

- Administração de iodo estável (não radioactivo) sob a forma de comprimidos de iodeto de potássio, imediatamente antes da passagem da pluma radioactiva, de forma a impedir a absorção de iodo pela glândula tiróide. Esta medida é especialmente eficaz no grupo etário dos 0-18 anos e deve ser tomada de acordo com os critérios de emergência nacionais - a Agência Internacional de Energia Atómica e Organização Mundial de Saúde recomendam a distribuição de comprimidos de iodeto de potássio apenas no caso de a dose prevista para a tiróide atingir um nível de intervenção que o justifique.

10. O iodo estável (não radioactivo) protege da radiação? Como? Como deve ser administrado?

O corpo humano utiliza iodo nas suas funções fisiológicas. Este elemento é absorvido principalmente pela tiróide, que o utiliza para produzir hormonas. O objetivo da administração de comprimidos de iodeto de potássio é saturar a tiróide antes da exposição à pluma radioactiva, de forma a que esta deixe temporariamente de absorver Iodo (durante cerca de 24 horas). Desta forma, impede-se a acumulação do Iodo radioactivo (I-131) naquela glândula, evitando-se a sua irradiação. A existência prévia de comprimidos de iodeto de potássio faz parte do planeamento de emergência de uma central nuclear.

Dados recolhidos durante o acidente de Chernobyl demonstram que o Iodo radioactivo (I-131) representou o maior impacto na população, tendo sido diagnosticados mais de 5.000 casos de cancro da tiróide em crianças (0-18 anos de idade) devido à exposição àquele isótopo. As principais prioridades na administração de iodeto de potássio serão, portanto, crianças e mulheres grávidas. No caso das mulheres grávidas, a quantidade a administrar deverá ter também em conta a protecção da tiróide do feto.

Note-se, contudo, que os comprimidos de iodeto de potássio não protegem contra radiação externa ou contra radiação emitida por outros isótopos radioactivos que estejam presentes e que possam ser absorvidos pelo corpo humano. Por este motivo, há sempre necessidade de combinar esta medida com as mencionadas na questão anterior.

Dado que esta medida apenas é eficaz quando tomada imediatamente antes da exposição e também para evitar eventual contraindicação, a administração de iodeto de potássio apenas deve ocorrer no momento e nos locais indicados pelas autoridades.

A ameaça nuclear no Japão pode afectar Portugal? Saiba todas as respostas

Março 17, 2011

sattotal

PERGUNTAS E RESPOSTAS

fonte: Direcção-Geral da Saúde

1. O acidente nuclear vai ter repercussões fora do Japão?

A extensão das repercussões irá depender da radioactividade libertada para o ambiente e das condições meteorológicas locais, sendo especialmente importantes a direcção e velocidade dos ventos e a possibilidade de ocorrência de chuva.

De acordo com a informação disponível até ao momento, é pouco provável que os países vizinhos sejam afectados de forma significativa. De acordo com a informação mais recente, a área afectada é a zona num raio de 30 quilómetros da Central Nuclear de Fukushima-Daiichi, tendo as autoridades japonesas recomendado a tomada de medidas específicas.

2. Existe risco para Portugal?

O acidente nuclear ocorrido no Japão não representa riscos para o país. Por outro lado, em Portugal não há produção de energia a partir de reactores nucleares.

3. Se precisar de me deslocar à área afectada, que devo fazer?

O Ministério dos Negócios Estrangeiros, através da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, emitiu, a 16 de março, o seguinte alerta:

"Dada a situação no Japão, aconselham-se todos os cidadãos nacionais que, não tendo razões essenciais para permanecer no país, a considerar a possibilidade de saírem temporariamente do Japão ou a deslocarem-se para o sul do país, nomeadamente famílias com crianças e grávidas. Desaconselham-se todas as viagens não essenciais àquele país." (http://www.secomunidades.pt/web/guest/listapaises/JA)

Se não lhe for possível seguir este conselho, siga as instruções das autoridades locais na rádio ou televisão. Fique dentro de casa se ocorrer a passagem de uma pluma radioactiva.

4. Estive recentemente no Japão. Que devo fazer?

Para quem esteve no Japão após o início do acidente nuclear, não há até ao momento indícios de qualquer risco acrescido para a saúde. Mesmo nas zonas afectadas, não foram registados níveis de radiação que apresentem risco para a saúde.

No entanto, se tiver algumas dúvidas, pode contactar a Linha Saúde 24: 808242424.

5. Qual o papel dos organismos internacionais e nacionais?

No âmbito das Nações Unidas, a Agência Internacional de Energia Atómica é o organismo que coordena a resposta internacional a emergências nucleares.

A Organização Mundial da Saúde é responsável pela avaliação do risco para a saúde, fornecendo assistência e intervenções de Saúde Pública durante uma emergência nuclear.

Em Portugal, a resposta a uma emergência nuclear ou radiológica é coordenada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil.

A Agência Portuguesa do Ambiente é a organização nacional que actua como ponto de contacto nacional para emergências radiológicas e nucleares ocorridas no estrangeiro, mantendo também em funcionamento uma rede de alerta (RADNET) com 13 estações de medição em território nacional.

A Direção-Geral da Saúde, além das suas competências como autoridade de saúde nacional, é também parte do sistema regulador nacional no âmbito da proteção radiológica.

6. O que é a radiação ionizante?

A radiação ionizante é aquela que transporta energia suficiente para provocar alterações ao nível dos tecidos biológicos (por ionização). Pode ser produzida por formas artificiais (geradores de raios-X) ou naturalmente com a desintegração do núcleo de determinados átomos radioactivos (que se desintegram, emitindo radiação), designados “radioisótopos”.

À medida que os átomos radioactivos se vão desintegrando, vão-se transformando sucessivamente noutros elementos químicos, até chegarem a um elemento estável. Desta forma, a quantidade de material radioactivo presente vai decrescendo ao longo do tempo. Ao tempo necessário para que a quantidade de um radioisótopo decresça para metade dá-se o nome de “semivida”. Esta semivida é característica de cada radioisótopo, podendo ir de algumas frações de segundo até milhões de anos.

A unidade de medida da dose recebida pelos indivíduos é o Sievert (Sv), que tem em conta o tipo de radiação e os efeitos produzidos em cada órgão do corpo.

Numa situação de emergência, e no que diz respeito à população, existem níveis de referência a partir dos quais se torna necessário tomar medidas específicas, de acordo com as orientações internacionais. A título de exemplo, se a população puder estar exposta a uma dose superior a 10 mSv (miliSievert), recomenda-se o abrigo. Se a dose for superior a 50 mSv, deverá haver evacuação da zona afetada.

7. Qual o grau de perigosidade do acidente para a saúde pública? A que radiação pode a população estar exposta num acidente deste tipo?

Os reatores nucleares deste tipo são construídos de raiz, com múltiplos sistemas de segurança intrínsecos. Um dos principais sistemas de segurança é a existência de um edifício de contenção que, sendo estanque, está desenhado para impedir fugas radioactivas significativas para o exterior.

No entanto, no caso deste sistema de contenção falhar, pode ocorrer a libertação de materiais radioactivos provenientes do núcleo do reator para o exterior, que incluem vários isótopos diferentes.

Os principais radioisótopos com risco para a saúde, em caso de acidente, são as variantes radioactivas do Césio (Cs-137) e do Iodo (I-131), que poderão ser expelidas para a atmosfera em nuvem (designada também por "pluma") radioactiva. Esta nuvem pode ser arrastada pelo vento e depositar-se no solo, podendo contaminá-lo.

A semivida do Iodo radioactivo (I-131) é de 8.3 dias, o que significa que, após esse período, a quantidade presente terá sido reduzida para metade, passando a valores residuais cerca de três meses após a libertação.

A semivida do Césio radioactivo (Cs-137) é de cerca de 30 anos, o que poderá justificar a adoção de medidas de limpeza e descontaminação das zonas afetadas, dependendo da quantidade libertada.

As vias de exposição da população a estes radioisótopos são três:

- Contacto directo com as partículas presentes na pluma radioactiva (ex: exposição externa da pele);

- Inalação de partículas radioactivas (ex: por respiração);

- Ingestão de partículas radioactivas (ex: a deposição no solo, que pode contaminar a cadeia alimentar).

No caso do acidente de Chernobyl, a dose recebida pela população evacuada (cerca de 115.000 indivíduos) foi da ordem de 30 mSv; saliente-se que um exame de tomografia axial computorizada (TAC) envolve, para o paciente, uma dose da ordem de 9 mSv.

8. Quais os efeitos a longo prazo da exposição à radiação?

A exposição a radiação ionizante tem efeitos específicos e, de uma forma geral, bem conhecidos, consoante a sua magnitude. A exposição a doses da ordem dos 1.000 mSv resulta em efeitos específicos na saúde, como a Síndrome de Radiação Aguda, danos na medula óssea (leucemia), danos no sistema nervoso central, queimaduras e cataratas. Estes efeitos são chamados "determinísticos" - sabe-se que irão ocorrer após exposição a determinada dose, aumentando a sua severidade quando esta aumentar.

Em relação à exposição a doses abaixo de 100 mSv, os estudos epidemiológicos demonstraram a ausência dos efeitos determinísticos referidos, mas revelaram um aumento do risco de cancro (risco é a probabilidade de ocorrência de um efeito). Este risco aumenta, de forma linear, quando a dose aumenta. No entanto, a sua severidade não aumenta com a dose recebida, aumentando apenas a probabilidade da sua ocorrência (efeito estocástico).

De acordo com dados recolhidos no passado numa emergência nuclear, foram registados aumentos de casos de leucemia alguns anos após a exposição. O risco de cancros sólidos apenas aumentou cerca de 10 anos após a exposição. A acumulação de Iodo radioactivo na tiróide fez aumentar o número de casos de cancro na tiróide na população, especialmente em crianças.

O impacto psicológico de uma emergência nuclear foi outro factor a ter em conta, sendo especialmente marcante no caso de Chernobyl.

9. Quais as medidas de saúde pública que devem ser tomadas para reduzir a exposição da população?

As medidas mais eficazes na redução da exposição externa à pluma radioactiva são:

- Evacuação da área directamente afectada;

- Recomendação à população das áreas mais afastadas para que fique dentro de casa durante a passagem da pluma.

No que diz respeito à exposição interna (por ingestão e inalação), as principais medidas a tomar envolvem:

- Proibição do consumo de vegetais, leite e derivados produzidos em zonas onde tenha ocorrido deposição. Estes devem ser substituídos por produtos importados de locais não contaminados.

- Administração de iodo estável (não radioactivo) sob a forma de comprimidos de iodeto de potássio, imediatamente antes da passagem da pluma radioactiva, de forma a impedir a absorção de iodo pela glândula tiróide. Esta medida é especialmente eficaz no grupo etário dos 0-18 anos e deve ser tomada de acordo com os critérios de emergência nacionais - a Agência Internacional de Energia Atómica e Organização Mundial de Saúde recomendam a distribuição de comprimidos de iodeto de potássio apenas no caso de a dose prevista para a tiróide atingir um nível de intervenção que o justifique.

10. O iodo estável (não radioactivo) protege da radiação? Como? Como deve ser administrado?

O corpo humano utiliza iodo nas suas funções fisiológicas. Este elemento é absorvido principalmente pela tiróide, que o utiliza para produzir hormonas. O objetivo da administração de comprimidos de iodeto de potássio é saturar a tiróide antes da exposição à pluma radioactiva, de forma a que esta deixe temporariamente de absorver Iodo (durante cerca de 24 horas). Desta forma, impede-se a acumulação do Iodo radioactivo (I-131) naquela glândula, evitando-se a sua irradiação. A existência prévia de comprimidos de iodeto de potássio faz parte do planeamento de emergência de uma central nuclear.

Dados recolhidos durante o acidente de Chernobyl demonstram que o Iodo radioactivo (I-131) representou o maior impacto na população, tendo sido diagnosticados mais de 5.000 casos de cancro da tiróide em crianças (0-18 anos de idade) devido à exposição àquele isótopo. As principais prioridades na administração de iodeto de potássio serão, portanto, crianças e mulheres grávidas. No caso das mulheres grávidas, a quantidade a administrar deverá ter também em conta a protecção da tiróide do feto.

Note-se, contudo, que os comprimidos de iodeto de potássio não protegem contra radiação externa ou contra radiação emitida por outros isótopos radioactivos que estejam presentes e que possam ser absorvidos pelo corpo humano. Por este motivo, há sempre necessidade de combinar esta medida com as mencionadas na questão anterior.

Dado que esta medida apenas é eficaz quando tomada imediatamente antes da exposição e também para evitar eventual contraindicação, a administração de iodeto de potássio apenas deve ocorrer no momento e nos locais indicados pelas autoridades.

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