A Interpol lançou hoje “alertas vermelhos” em que pede a detenção de Muammar Kadhafi, e de Saif al-Islam, seu filho, e ainda de um dos cunhados de Kadhafi, Abdallah Al Senoussi. Na sequência deste alerta, as policias dos 188 países que fazem parte da Interpol são chamadas a colaborar na captura do líder fugitivo da líbia. O apelo foi difundido a pedido do Tribunal Penal Internacional que têm em vigor um mandado de captura internacional contra o coronel Kadhafi e familiares por crimes contra a humanidade.
“Este alerta “vai restringir significativamente as possibilidades destes três homens atravessarem fronteiras e será uma ferramenta importante para ajudar na sua localização e captura”, disse em comunicado Ronald K.Noble, secretário-geral da organização internacional de organismos policiais.
Muammar Kadhafi “é um fugitivo que o seu país e o Tribunal Penal Internacional (TPI) querem ver detido, a fim de que responda pelas graves acusações que sobre ele pendem”, prossegue o comunicado, “a Interpol vai dar assistência e colaborar com o TPI e com as autoridades líbias, representadas pelo Conselho Nacional de Transição, para deter Muammar Kadhafi”, acrescenta o comunicado citado pela France Press.
A Interpol propõe ainda que os seus membros recorram ao apoio do “centro de comando e de coordenação” da organização, e pede-lhes que “tomem todas as medidas conformes às suas respetivas legislações para ajudar o TPI a localizar e a interpelar Kadhafi”.
Crimes contra a humanidadeA 27 de junho, o TPI tinha emitido um mandado de captura internacional contra o coronel de 69 anos e contra um dos seus filhos, Saif al-Islam, e contra o cunhado e braço direito do líder líbio, Abdlallah al-Senoussi que era responsável pelos serviços de informação líbios.
Na quinta-feira o procurador do Tribunal Penal Internacional, Luis Moreno Ocampo, tinha pedido à Interpol que emitisse “alertas vermelhos” contra estes tês responsáveis líbios, que são suspeitos de “crimes contra a humanidade, nomeadamente, mortes e perseguições”.
Em março a Interpol já tinha emitido um “alerta laranja” contra Muammar Kadhafi e 15 dos seus familiares e colaboradores, a fim de facilitar a aplicação de sanções da ONU e os trabalhos do inquérito instaurado pelo Tribunal Penal Internacional.